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Necrose Infecciosa Hipodermal e Hematopoiética (IHHNv)

A Necrose Infecciosa Hipodermal e Hematopoiética (IHHNv) é uma doença viral de notificação obrigatória à Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) e representa um desafio significativo para a indústria de camarões. Conhecida por causar a Síndrome da Deformidade e do Nanismo (RDS), a IHHNv afeta principalmente o camarão-branco-do-pacífico (Litopenaeus vannamei), tornando-se uma preocupação crescente para os produtores.

Causador da Doença

O agente causador da IHHNv é um vírus da família Parvoviridae, gênero Brevidensovirus. Existem três genótipos identificados, sendo dois deles infecciosos para o Litopenaeus vannamei.

Espécies Susceptíveis

O vírus pode afetar várias espécies de camarões, incluindo:

  • Penaeus monodon (Camarão-tigre-gigante)
  • Litopenaeus vannamei (Camarão-branco-do-pacífico)
  • Penaeus stylirostris (Camarão-azul-do-pacífico)

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No Brasil, o L. vannamei, a espécie mais cultivada, é particularmente vulnerável.

Epidemiologia e Transmissão

A IHHNv pode ser transmitida verticalmente (através de ovos infectados) ou horizontalmente (por contato com água contaminada ou canibalismo). Larvas e pós-larvas são mais suscetíveis, enquanto camarões adultos podem ser portadores assintomáticos.

Sintomas e Impactos

Os principais sintomas incluem:

  • Anorexia
  • Letargia
  • Crescimento reduzido
  • Deformidades na carapaça
  • Canibalismo
  • Alta mortalidade, especialmente em pós-larvas e juvenis

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A doença tende a ser mais grave em água fria, podendo resultar em mortalidade de até 90%.

Prevenção e Controle

Não há vacinas ou tratamentos eficazes para a IHHNv. A prevenção é feita através do monitoramento rigoroso dos viveiros, com uso de PCR para detectar o vírus antes do povoamento dos tanques. Boas práticas de manejo e biossegurança são essenciais para reduzir os riscos de infecção.

Conclusão

A IHHNv continua sendo um desafio significativo para os produtores de camarões. Implementar medidas preventivas rigorosas e realizar monitoramento contínuo são cruciais para minimizar os impactos da doença e garantir a saúde e a sustentabilidade da produção aquícola.